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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A linguagem do Cordel.

É curioso observar a linguagem usada pelos autores da Literatura de Cordel.Os motivos são os mais variados possíveis,mas essa linguagem muitas vezes quebram os paradigmas gramaticais.Será que é porque os autores não têm cultura linguística o suficiente para escrever um texto pudico?É claro que não,pois eles sabem muito bem o que estão falando,fazendo e escrevendo.Essa é apenas uma forma de se expressar e mostrar para os leitores as várias faces da cultura brasileira.Por isso,quem não estiver no contexto do cordel,ficará enternecido quando ovir algo assim: ¨Vivo do currá pro nato/Sou correto e munto izato/Por farta de zelo e trato/Nunca um bezerro morreu...¨(fonte - http://www.tanto/ .com.br/patativa-vaqueiro.htm>).
Segundo a professora Vilma Reche Corrêa,¨ao serem lidos,os versos podem causar um estranhamento,principalmente se os alunos já tiverem certa familiaridade com a língua escrita e nunca leram nada com uma linguagem mais coloquial.Isso porque as palavras não apresentam a forma convencional,são escritas para representa a forma como são faladas.¨Talvez por isso,haja tanta discriminação por parte das classes mais favorecidas em relação a esse tipo de litteratura,porque acham que é texto de ¨pobre para pobre¨.Mas a pobreza está no espírito,não na cultura dos cordelistas e dos seus leitores.Porque esse é um mundo que ainda precisa ser desbravado,estudado,,debatido,entendido e divulgado.
E os temas?
Esses são os mais variados possíveis e vão desde o amor,a simplicidade,a pobreza, a política,o Lula(nosso Presidente),o vaqueiro,o peido,o cego,o sangue,a traição,etc.Porque a criatividade não tem limite para esses artistas das palavras populares.

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